Drogas são toda e qualquer substância capaz de alterar as funções fisiológicas ou psicobiológicas de um organismo. Dessa maneira, um analgésico ou um antiácido, frequentemente tomados para melhorar mal-estar, também são considerados drogas. Entretanto, o termo “drogas” é comumente usado para definir as substâncias ilícitas, ligadas ao tráfico e ao mundo do crime. Apesar de não estar errado, definir como drogas apenas essas substâncias é uma abordagem ingênua.

É possível observar que boa parte das drogas é legalizada e usada na medicina para tratar os mais variados tipos de doenças. No entanto, algumas delas geram polêmica por causar dependência. No Brasil, há uma grande quantidade de drogas proibidas, mesmo que sejam para tratamento médico.

A regulamentação ou não de determinadas drogas varia conforme a legislação de cada país. Em alguns lugares, por exemplo, a maconha é usada na medicina, o que ainda não é permitido no Brasil.

Tipos de drogas

As drogas podem ser classificadas conforme sua origem ou de acordo com seus efeitos no organismo. No primeiro caso, são três classificações: naturais, sintéticas e semissintéticas. Já quanto ao efeito, podem ser: depressoras, estimulantes ou perturbadoras. Veremos a seguir mais detalhes sobre cada uma delas.

Drogas naturais são aquelas que provocam efeitos alucinógenos de uma forma natural, sem a composição de produtos químicos – isso significa que a produção não é feita em laboratório. Esses tipos de drogas se diferem das drogas sintéticas, que são produzidas por meios químicos. São exemplos de drogas naturais a maconha e a cafeína.

As drogas sintéticas são aquelas produzidas a partir de uma ou várias substâncias químicas psicoativas, que provocam alucinações por estimular ou deprimir o sistema nervoso central. Podem ser utilizadas sob as formas de injeção, comprimido ou pó, e seus efeitos variam conforme a substância. Podemos citar anfetaminas, LSD e ecstasy, por exemplo.

No caso das drogas semissintéticas, há uma junção das outras duas classificações. São produzidas com base em drogas naturais, mas sofrem alterações químicas em laboratório. Encaixam-se nessa definição crack, merla e cocaína.

Efeitos

Em relação aos efeitos, o tipo de droga mais comum é a estimulante, aquela que acelera a atividade do sistema nervoso central (SNC), aumentando o estado de vigília. Apesar de seu uso ser proibido ou restrito a tratamentos médicos, é comum encontrar usuários, por vezes viciados.

No grupo de drogas estimulantes estão o crack, a cocaína e o ecstasy, que têm o uso proibido. As anfetaminas também são estimulantes, mas têm utilização regulamentada para o tratamento de alguns transtornos neurológicos.

Ao contrário das estimulantes, as drogas depressoras diminuem a atividade do SNC, podendo causar delírios. É o caso dos inalantes, como cola e outros solventes. Na medicina é comum o uso desse tipo de droga pra tratar insônia e ansiedade, com soníferos e ansiolíticos, respectivamente.

A última categoria de drogas, quanto aos efeitos, são as perturbadoras. Em princípio, elas causam uma sensação de bem-estar e diminuem o cansaço. No entanto, provocam também alteração na noção de tempo e espaço, além de delírios e alucinações. Encontram-se nesse grupo drogas como maconha, LSD e haxixe.

Quais são as drogas mais usadas no Brasil?

– Álcool

– Energéticos

– Maconha

– Cafeína (pastilhas)

– Tabaco e Narguilé

– LSD

– Ecstasy

– Cocaína

– Benzodiazepínicos (ansiolíticos)

Entre os brasileiros há um alto consumo de álcool, energéticos e tabaco, sobre os quais não há proibição de uso. É comum também o uso de maconha e cocaína, que são substâncias proibidas.

A maconha é a droga ilícita mais usada no Brasil. Segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizada em 2012, 7% da população adulta do país já fumou a erva e cerca de 1% da população brasileira é dependente dela.

A mesma pesquisa aponta que 4% da população adulta já experimentou cocaína, seja em pó ou pasta base (crack, merla ou oxi), mas o índice de usuários é de 0,2%.

Em relação ao álcool, 54% dos brasileiros bebe pelo menos uma vez por semana. O índice é maior entre os homens (64%) e menor entre as mulheres (39%). A pesquisa também revela que o Brasil possui 11,7 milhões de pessoas que são dependentes ou abusam do consumo de álcool.

Na Justiça, especialistas divergem quanto ao flagrante e na forma como o detido será enquadrado: se usuário ou traficante. Também há um movimento grande de estudiosos que defendem a legalização da droga. O extrato da maconha (canabidiol) pode reduzir as convulsões epiléticas graves, por exemplo.

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